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quinta-feira, 7 de julho de 2011

SOM PRA EVENTOS (CIDADE DAS MIL FESTAS)

OS EVENTOS ANDAM MESMO BOMBANDO EM NOSSA CIDADE, NOS TRÊS PRIMEIROS MESES DESTE ANO JÚLIO JOSÉ BADEIRA MOUTELA JÁ RECEBEU MAIS DE CATORZE MIL REAIS EM SOM PARA EVENTOS.

Um comentário:

  1. Quem já leu sobre a História da Roma antiga deve se lembrar de uma coisa chamada política do pão e circo: Na Roma antiga com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta. A política do Pão e Circo arrebatava almas e quietava mentes sedentas por uma justiça utópica. Assim como naquela época, hoje ocorre o mesmo no nosso meio político-social. Troque Júlio por João, César por Carvalho, Coliseu por Rodeio, imperadores por usurpadores. Dadas as devidas proporções, nossa realidade se mostra cíclica. A evolução intelectual existe mas é usada como ópio social. As relações entre classes e os jogos de interesses estão cada vez mais evidentes. Logo a utopia ainda se faz presente e não deverá se desfazer durante muito tempo. Se bem que até o próprio tempo é utópico. A teoria da relatividade descrita por Einstein criou um imenso banco de réus. Nos resta distribuir o pão e o vinho, já que o circo faz parte de nossa essência.
    A nível nacional temos o futebol, a Rede Globo com suas novelas e o seu Big Brother, a Record com A Fazenda; a nível de Natividade temos o Rodeio, e as festas de bairro... Falou-se em Rodeio, arruma-se as estradas rapidinho, consegue-se até mesmo 2 balsas para os dias de festa, mas no resto do ano o pobre trabalhador rural que precisa TRABALHAR, que se dane com as péssimas condições das estradas rurais, os perueiros que transportam alunos, os caminhoneiros que transportam eucaliptos, leite, enfim, que TRABALHAM, tem que sofrer com uma só balsa que vive quebrando e sobrando carros. O ônibus que vai para Taubaté vive superlotado, mas quem se importa? São só estudantes, trabalhadores... Mas para o Rodeio com certeza vai ter ônibus extra...

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